Você tem algumas destas condições?
Diabetes tipo 1 ou 2
As diferentes formas de diabetes possuem uma íntima relação com a doença renal crônica (DRC). Nas fases iniciais, a lesão renal geralmente não causa sintomas, mas pode ser identificada por meio da presença de proteína na urina (proteinúria ou albuminúria), detectada apenas em exames laboratoriais realizados periodicamente.
Esse achado é um dos primeiros sinais de comprometimento dos rins em pessoas com diabetes e, quando diagnosticado precocemente, permite a adoção de medidas que podem retardar a progressão da doença e preservar a função renal.
Cálculos Urinários
Embora a baixa ingestão de líquidos aumente o risco de formar pedras nos rins, existem alterações metabólicas e condições hormonais que também predispõem à litíase.
Fatores metabólicos mais comuns:
Excesso de cálcio na urina (hipercalciúria)
Excesso de ácido úrico na urina (hiperuricosúria)
Excesso de oxalato (hiperoxalúria)
Baixo citrato urinário (hipocitratúria) – o citrato “protege” contra pedras
Cistinúria – alteração genética que leva a pedras de cistina
Condições associadas
Doenças hormonais, como hiperparatireoidismo (aumenta cálcio no sangue e na urina)
Gota e resistência à insulina/diabetes
Infecções urinárias por bactérias produtoras de urease (favorecem cálculos de estruvita)
Distúrbios intestinais (diarreia crônica, pós-bariátrica), que alteram a absorção de sais
Hipertensão Arterial Sistêmica
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) geralmente se manifesta em adultos de meia-idade e idosos. O seu surgimento em pessoas muito jovens ou em idosos com início súbito da doença não é o padrão habitual. Nesses casos, é necessário investigar causas secundárias, especialmente aquelas relacionadas ao comprometimento renal ou hormonal, como:
Hiperaldosteronismo primário
Doença renovascular
A identificação correta da causa é fundamental para direcionar o tratamento e evitar complicações cardiovasculares e renais.
Cistos Renais
Um cisto renal é uma “bolsinha” com líquido dentro do rim. É muito comum e, na maioria das vezes, não causa sintomas.
Geralmente aparece por acaso em exames como ultrassom, tomografia ou ressonância.
A grande maioria é benigna (cisto simples) e só precisa de acompanhamento periódico.
Quando investigar melhor
Aumento rápido de tamanho do cisto
Sangue na urina, dor lombar ou infecções urinárias de repetição
Alterações no exame sugerindo cisto “mais complexo”
Vários cistos, início em idade muito jovem ou histórico na família
Como é o acompanhamento
Exames de imagem em intervalos definidos
Avaliação da função dos rins e da pressão arterial
Conduta personalizada conforme o tipo de cisto
Doença Renal Aguda
A doença renal aguda (DRA) é um período de alteração da função dos rins que dura entre 7 e 90 dias. Frequentemente ocorre após um episódio de injúria renal aguda (IRA) e, quando a causa é identificada e tratada precocemente, pode ser reversível.
Causas comuns:
Diarreia e desidratação
Sangramentos
Infecções (como quadros febris/sepses)
Essas situações reduzem a perfusão renal e podem levar a queda transitória da função dos rins.
Obesidade
A obesidade aumenta o risco de doença renal crônica (DRC) ao favorecer hipertensão, diabetes, hiperfiltração (sobrecarga dos rins) e inflamação; pode causar proteinúria e está ligada a pedras nos rins e apneia do sono.
Sinais de alerta: pressão alta, urina espumosa, inchaço, cansaço ou exames renais alterados.
Como cuidar: perder 5–10% do peso, reduzir sal, moderar proteína animal, priorizar frutas/verduras, hidratação adequada, atividade física, tratar hipertensão/diabetes/apneia; usar medicações renoprotetoras quando indicadas.
Quando procurar o nefrologista: obesidade com hipertensão/diabetes, proteinúria ou creatinina elevada, cálculos recorrentes ou histórico familiar de doença renal.
Doença Renal Crônica
A DRC é uma condição progressiva que, em geral, não regride. O tratamento retarda a evolução, controla sintomas e previne complicações.
Nos casos mais avançados (estágio 5), pode ser necessário substituir a função dos rins por hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal.
Principais causas no Brasil
Hipertensão arterial
Diabetes
(Outras: glomerulonefrites, doença policística, entre outras.
Tabagismo
Fumar aumenta o risco de DRC e acelera a sua progressão: lesiona vasos, eleva a pressão, intensifica inflamação e eleva a albuminúria.
Eleva o risco de doença renovascular e de eventos cardiovasculares; em transplantados, está ligado a piores desfechos.
Sinais de alerta: pressão alta, urina espumosa, inchaço, cansaço, alterações em creatinina/urina.
O que fazer: parar de fumar (apoio, reposição de nicotina, bupropiona/vareniclina quando indicado), controlar pressão/glicemia/peso, reduzir sal, manter atividade física e evitar nefrotóxicos sem orientação.
Procure o nefrologista se você fuma e tem HAS, diabetes, proteinúria ou creatinina elevada, ou se é transplantado/já tem DRC.
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